Lançado em 2005 esse instigante e dramático filme do autor/roteirista Paul Haggis tem como cenário Los Angeles / EUA, paragem de muitos imigrantes, mesmo sendo uma ficção não deixa de emocionar pelo realismo da sua narrativa. O filme aborda a temática do preconceito e da discriminação tão presentes nas distintas camadas que compõem a sociedade norte americana, por meio de histórias de vidas que se cruzam ao longo do enredo, construindo uma trama envolvente. Retratando em muitos momentos cenas não tão distantes do nosso cotidiano (Brasil), uma elite em sua maioria branca, um povo miscigenado, ambos envolvidos em situações que denotam atitudes preconceituosas, racistas, em algumas vezes explícitas e outras velada. E ainda o evidente clima de tensão, desconfiança e medo presentes na trama, revelando a falta de ética, o individualismo e a solidão.
Esse longa é capaz de provocar raiva e lágrimas ao mesmo tempo e de nos transportar ao lugar dos personagens. Direcionando o nosso olhar para o outro, com diferenças raciais, étnicas, religiosas e culturais à parte, expõe o preconceito de forma tão crua que nos leva a refletir: Quem não é, ou já foi, preconceituoso em algum momento? Será que realmente nos conhecemos? Será que basta se dizer não preconceituoso? Quem é verdadeiramente bom ou mau? Conseguimos ser éticos em todas as nossas atitudes?
Uma vez que, esse semestre trouxe a tônica a amplitude das relações humanas, abordando a diversidade, o preconceito e questões como a ética e a moral, considerei interessante correlacionar com esse filme, que por vezes nos permite divagar pelas implicações sociais e inclusive ver o outro refletido em nós mesmos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário