sábado, 7 de outubro de 2017

Aprendizagem segundo a Epistemologia Genética


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De acordo com a teoria construtivista assim como ocorre em nosso organismo, com a maturação biológica que acontece gradualmente em etapas, de forma análoga também ocorre com a nossa mente, o desenvolvimento das estruturas mentais se dá de forma sequencial por fases é o que Jean Piaget determinou de embriologia mental. Entretanto, apesar de essa embriogênese terminar apenas na fase adulta, totalizando um contexto biológico e psicológico, diferentemente das faculdades biológicas, essas fases não desabrocham ao logo da vida do indivíduo, elas não são previstas. Isto é, nem todos os seres humanos alcançarão todas as etapas do desenvolvimento mental, pois elas dependem das exigências impelidas pelo meio, isso quer dizer que o meio estimula as estruturas mentais, que o avanço acontece a partir da necessidade de raciocinar sobre o objeto proposto.
Desse modo podemos dizer que esse panorama do desenvolvimento humano, das estruturas biológicas e cognitivas, se relaciona e esclarece a construção da aprendizagem, mas essa só acontece mediante a ação interiorizada do indivíduo. Assim o desenvolvimento cognitivo é a base da aprendizagem que ocorre pelo processo de assimilação e acomodação. Isto posto, a ação acontece quando o indivíduo se vê diante do objeto e atua sobre ele, modifica-o, transforma-o e compreende o processo dessa transformação, o modo como foi construído, ocorrendo a assimilação. Nesse curso se por ventura não há a ocorrência da assimilação de alguma situação, a mente se modifica ou desiste, se modificar acontece à acomodação, assim quando a assimilação e a acomodação entram em harmonia, há o que Piaget determinou de equilibração.
Portanto conforme a epistemologia construtivista, a aprendizagem é o estado decorrente do esquema de assimilação que sofre a acomodação e estes entram em equilíbrio. É provocada por situações de instabilidade, do enfrentamento do novo onde há a necessidade da ação, da relação sujeito e objeto, nesse aspecto a melhor maneira de se promover a aprendizagem no âmbito escolar é propor contextos de desequilíbrio e reequilibrações consecutivas aos alunos. Logo aprender é um processo ativo individualizado que ocorre por intermédio de conclusões com base em experiências.


Referências:

MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko. Epistemologia Genética. In: SARMENTO, Dirléia Fanfa; RAPOPORT, Andrea e FOSSATTI, Paulo (orgs). Psicologia e educação: perspectivas teóricas e implicações educacionais. Canoas: Salles, 2008. p.17-26


Vídeo: Introdução a Psicologia do Desenvolvimento. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7GEV7HOsETM

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