Refletindo
o texto da Professora Izabel Maior é possível compreender que apesar da
diversidade constituir-se uma marca da humanidade as pessoas que se diferenciam
de um grupo dominante, onde normalmente há a supervalorização de determinadas
capacidades, sempre sofreram com a segregação, a exclusão e com outras
demonstrações de intolerância e preconceito. O que ainda hoje, apesar desse ser
um assunto amplamente discutido e da ocorrência efetiva de muitos avanços pelo
viés do combate as desigualdades e da concessão de direitos como o da
acessibilidade e de leis que punem atitudes extremas de discriminação, ocorre
que há a necessidade de se cobrar a implementação desses direitos e de dar
continuidade as narrativas emancipadoras nas escolas, bem como as políticas e
discussões que compreendam aos grupos em situação de vulnerabilidade.
A
autora ainda destaca em seu texto que as pessoas com “deficiência” correspondem
ao maior grupo minoritário do mundo, o que justifica a atenção voltada para
essa categoria, como o pleito de direitos em favor da inclusão. Que por
tratar-se de indivíduos que vem sofrendo prejuízos em sua autonomia, além de
outras questões que denotam a desigualdade por eles vivida, faz-se necessário
ainda a conceituação de graus e tipos de deficiência e de maneira ainda
classificatória a exigência de laudos.
No
âmbito educacional, com a criação de leis específicas que garantem o acesso de
todos indistintamente, houve muitos progressos como o desenvolvimento de cursos
que visam complementar a formação de professores abrangendo a temática da
inclusão. Concluindo, apesar do acesso garantido, a educação, das pessoas com deficiência e de considerar a importância
do conhecimento das suas especificidades, inclusive para desmitificar questões que possam se constituir em barreiras na aprendizagem, penso
que ainda caminhamos a passos lentos prendendo o foco na diferença, destacando
deficiências em lugar de priorizar a abrangência e a compreensão da diversidade. No entanto se essa temática é debatida e a construção desse processo está em movimento é porque a sociedade como um todo busca essa compreensão e quem sabe um dia o nosso senso de coletividade faça a real diferença que queremos, a igualdade de oportunidades e direitos.
MAIOR, Izabel. História, conceito e tipos de deficiência. Disponível em: https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2206621/mod_resource/content/1/Hist%C3%B3ria%2C%20conceito%20e%20tipos%20de%20defici%C3%AAncia.pdf. Acessado em 28 de out. de 2017.
YOUTUBE. Deficiências e Diferenças com Izabel Maior e Benilton Bezerra. Vídeo. Publicado em 24 de jun de 2016. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?time_continue=17&v=29JooQEOCvA Acesso em 28 de outubro 2017.