domingo, 19 de novembro de 2017

Transtornos Globais do Desenvolvimento


Resultado de imagem para transtornos globais do desenvolvimentoAs discussões apresentadas nos vídeos propostos pela iterdiscipina de Educação de Pessoas com necessidades Educacionais Especiais, nos traçam um caminho bastante desafiador no campo da educação inclusiva, o que é produtivo, pois sabemos que precisamos avançar e muito no nosso sistema educacional, tendo em vista as próprias dificuldades que encontramos no dia a dia dentro de uma escola. Temos de lidar com falta de professores, carga horária sobrecarregada, falta de horas de planejamento de aula, falta de materiais, de sala de recursos, entre outras questões que permeiam o ambiente escolar, portanto educar toda uma pluralidade de sujeitos que se apresentam, em um mesmo contexto escolar é sem dúvida um grande desafio. Tanto os vídeos quanto a leitura disponibilizados atentam para a importância do processo de socialização, o que segundo Camargo e Bosa (2009): ”(...) o sucesso da constituição psíquica do indivíduo depende, primordialmente, do processo de socialização”.
Para que esse processo flua de maneira benéfica para todos no ambiente é necessário que as singularidades sejam respeitas. Que no caso de crianças com necessidades educacionais diferenciadas, como os autistas, por exemplo, faz-se indispensável que o professor busque se utilizar de estratégias para a comunicação ampliada.  A ênfase deve ser nas competências, capacidades e potencialidades do educando e não na busca por um diagnostico, que assim como colocado nas entrevistas rotula e acaba impedindo muitas vezes a espontaneidade na relação professor aluno-aluno. O que inclusive as psicólogas e mestres em educação Caroline e Consuelo chamam a atenção, também, para o fato de em muitos momentos os manuais se constituírem um entrave no fazer e no saber espontâneo de professores e pais. Nesse aspecto acredito que essa procura por diagnósticos e manuais em como lidar com uma criança com transtorno global do desenvolvimento, deva-se pelo fato da insegurança que aflige a pais e professores, pois muitas vezes sentem-se perdidos por não conseguirem alcançar essa criança, penetrar em seu mundo. Vejo que essa nem sempre é uma tentativa de rotular e sim uma maneira de tentar buscar um campo seguro para que se possa atuar com eficiência.
No entanto, achei interessante também o fato das entrevistadas terem pontuado a questão de que “a escola precisa apropriar-se do seu fazer barrando um pouco as interferências vindas da psicologia e medicina” e de que “é preciso muita reflexão sobre o não saber, que esta sempre em construção”. Concluindo, pautada nessa análise a escola deve se estruturar de modo a atender a todos, abrangendo a diversidade, oferecendo uma proposta de ensino que compreenda a todo o grupo ao passo em que considere as necessidades individuais, principalmente daqueles que vivem na companhia do risco eminente da exclusão.


Referências:

CAMARGO, S. P. H.; BOSA, C. A. Competência social, inclusão escolar e autismo: revisão crítica da literatura. In: Pedagogia & Sociedade; 21(1): 64-74, 2009.
TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_global_do_desenvolvimento. Acesso em: 29 out., 2017.

Um comentário:

  1. Também acredito que nosso grande desafio é a inclusão de fato na escola, Tanto os vídeos quanto a leitura nos trouxeram excelentes reflexões sobre o assunto.

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