As discussões
apresentadas nos vídeos propostos pela iterdiscipina de Educação de Pessoas com
necessidades Educacionais Especiais, nos traçam um caminho bastante desafiador
no campo da educação inclusiva, o que é produtivo, pois sabemos que precisamos
avançar e muito no nosso sistema educacional, tendo em vista as próprias
dificuldades que encontramos no dia a dia dentro de uma escola. Temos de lidar
com falta de professores, carga horária sobrecarregada, falta de horas de
planejamento de aula, falta de materiais, de sala de recursos, entre outras
questões que permeiam o ambiente escolar, portanto educar toda uma pluralidade
de sujeitos que se apresentam, em um mesmo contexto escolar é sem dúvida um
grande desafio. Tanto os vídeos quanto a leitura disponibilizados atentam para
a importância do processo de socialização, o que segundo Camargo e Bosa (2009):
”(...) o sucesso da constituição psíquica do
indivíduo depende, primordialmente, do processo de socialização”.
Para que esse processo flua de maneira
benéfica para todos no ambiente é necessário que as singularidades sejam
respeitas. Que no caso de crianças com necessidades educacionais diferenciadas,
como os autistas, por exemplo, faz-se indispensável que o professor busque se
utilizar de estratégias para a comunicação ampliada. A ênfase deve ser nas competências, capacidades e potencialidades do educando e não na busca
por um diagnostico, que assim como colocado nas entrevistas rotula e acaba
impedindo muitas vezes a espontaneidade na relação professor
aluno-aluno. O que inclusive as psicólogas e mestres em educação Caroline e
Consuelo chamam a atenção, também, para o fato de em muitos momentos os manuais
se constituírem um entrave no fazer e no saber espontâneo de professores e
pais. Nesse aspecto acredito que essa procura por diagnósticos e manuais em
como lidar com uma criança com transtorno global do desenvolvimento, deva-se
pelo fato da insegurança que aflige a pais e professores, pois muitas vezes
sentem-se perdidos por não conseguirem alcançar essa criança, penetrar em seu
mundo. Vejo que essa nem sempre é uma tentativa de rotular e sim uma maneira de
tentar buscar um campo seguro para que se possa atuar com eficiência.
No entanto, achei interessante também o fato
das entrevistadas terem pontuado a questão de que “a escola precisa apropriar-se do seu fazer barrando um pouco as interferências vindas da
psicologia e medicina” e de que “é preciso muita reflexão sobre o não saber,
que esta sempre em construção”. Concluindo, pautada nessa análise a escola deve
se estruturar de modo a atender a todos, abrangendo a diversidade, oferecendo
uma proposta de ensino que compreenda a todo o grupo ao passo em que considere
as necessidades individuais, principalmente daqueles que vivem na companhia do
risco eminente da exclusão.
Referências:
CAMARGO, S. P. H.; BOSA, C.
A. Competência social, inclusão escolar e autismo: revisão crítica da
literatura. In: Pedagogia & Sociedade; 21(1): 64-74,
2009.
TRANSTORNO GLOBAL DO
DESENVOLVIMENTO. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_global_do_desenvolvimento.
Acesso em: 29 out., 2017.
Também acredito que nosso grande desafio é a inclusão de fato na escola, Tanto os vídeos quanto a leitura nos trouxeram excelentes reflexões sobre o assunto.
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