Paulo Freire nos situava do
dever de compreendermos que somos sociais em essência e carregados de história,
sujeitos em contínuo processo de evolução, portanto inconclusos ou inacabados,
como ele denominou. Freire salienta ainda que a indispensabilidade da Educação
reside justamente nessa constante busca, na nossa necessidade de aprender e assim
evoluir que a natureza nos reclama.
Trata-se do despertar da
nossa consciência para a própria substancialidade de progresso que torna
possível a nossa educação, ao estar ciente das nossas fragilidades procuramos
meios de nos superarmos, cientes também de que o saber é uma conquista sem
limites, mas que é preciso buscá-lo. Seria a busca motivada pela curiosidade, o
desejo de descobrir que alimenta o conhecimento, este se estrutura nas
experiências coletivas e individuais tanto nos espaços formativos formais como
nos não formais conectados pelo diálogo relacional.
A partir do texto de Paulo Freire (2000): "À Sombra desta
mangueira” é possível concluir que somos
capazes de aprender em diversas situações e contextos, o que determina a
possibilidade de alcance ao conhecimento é a postura mental empregada frente às
circunstâncias. Compreender inclusive, que a dialogicidade é um importante
princípio educativo para a pedagogia interacionista, significativo na
construção do conhecimento. Tendo em vista que compreende o ato de agir e a
reflexão sobre essa ação, sendo por meio da qual percebemos o mundo,
compreendemos a nossa historicidade, a história que é construída coletivamente
e contribuímos com essa construção, ou seja, é o elemento promotor da
interação, o que nos torna sociais.
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