A matemática é fruto do pensamento humano e os conceitos
matemáticos são parte integrante do universo que nos cerca, pois os utilizamos
nas mais diversas situações do nosso dia a dia, seja para organizar o nosso
próprio pensamento elencando prioridades, para administrar a nossa vida em
sociedade ou para realizar descobertas nos mais diversos âmbitos, entre outras
coisas. E a criança desde que nasce é inserida nesse contexto, elas também observam e atuam no espaço ao seu redor, e
aos poucos vão se orientando, construindo caminhos, estabelecendo sistemas de
referência, identificando posições e se organizando no seu ambiente. Essa vivência
inicial favorece a elaboração de conceitos que contribuem para o raciocínio
lógico e abstrato. Raciocinar logicamente inclui saber construir e
expressar idéias próprias, saber escutar idéias diferentes, selecionar, formular
e demonstrar procedimentos na resolução de problemas, saber confrontar,
argumentar, antecipar resultados de determinadas ações, também saber localizar erros,
buscar resolve-los, entre outros. Assim a
matemática auxilia na construção do censo crítico, na organização do
raciocínio, na tomada de decisões, contribuindo na formação de cidadãos
autônomos, capazes de pensar e atuar na resolução de dificuldades.
Refletindo sobre o texto, o professor frente ao ensino da
matemática não deve adotar uma postura radical de extremismo, essa é uma maneira
equivocada e que pode acarretar em prejuízos ao aprendizado, engessando o
pensamento. Pois tanto as crianças precisam ter acesso e conhecer as técnicas,
quanto à base teórica, cabendo ao professor conhecer os seus alunos e encontrar
a medida mais assertiva, adotando a maneira mais eficiente de fazer com que os
seus alunos compreendam a matemática. Conforme nos coloca o texto referindo-se
ao conceito de praxeologia desenvolvido por Chevallard (1999), que nos diz que
há vários jeitos de resolver uma determinada operação matemática. Penso ser
interessante que o professor abra esse leque de possibilidades aos alunos, para
que eles mesmos reflitam e encontrem o jeito mais eficiente e prazeroso para
si, em que o leve ao resultado correto. É importante mostrar que existem
diferentes formas de se chegar a um mesmo resultado, estimulando a concentração
e a reflexão, ensinando-os a explorarem diferentes situações que lhes sejam
desafiadoras contribuindo para aguçar a curiosidade e a vontade de descobrir,
de aprender.
Concluindo, é importante que o aluno analise as
diferentes formas de se chegar a um resultado e que entenda todo o processo,
para tanto é necessário que o professor demonstre o passo a passo, que provoque
e estimule. Abordando diferentes técnicas, situações problemas, se utilizando
de diferentes materiais, inclusive jogos. É interessante conforme o texto coloca
também, que escola considere o conhecimento anterior do aluno, as suas experimentações
com a matemática, por exemplo, como a criança já era acostumada a dividir
quantidades, a distribuir e fazer comparações antes mesmo de entrar na escola.
Partindo desse pressuposto é possível aproximar os conceitos matemáticos as
vivências reais das crianças, pois elas têm e devem ter várias experimentações
com o universo matemático e outros que lhes possibilitem fazer descobertas,
tecer relações, organizar o pensamento, o raciocínio lógico, situar-se e
localizar-se espacialmente, contribuindo para que atuem como produtoras de
conhecimento e não somente seguidoras de regras.
Referência bibliográfica:
SMOLE,
Katia Stocco. MUNIZ, Cristiano Alberto (Orgs). A matemática em sala de aula:
reflexões e propostas para os anos iniciais do ensino fundamental. Porto
Alegre: Penso,2013.
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