quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Recordações de início do curso


Ao revisitar as minhas primeiras publicações no blog, encontrei algumas sem muito ou sem nenhum conteúdo que eu tenha escrito. Eram postagens tímidas, de alguém que ainda não era familiarizada com essa ferramenta digital e que ainda não havia compreendido a proposta do curso para o seu uso.
Principalmente, as publicações do primeiro semestre que em sua maioria eram de fotos e vídeos que buscavam retratar as minhas primeiras impressões do curso. Hoje, ao revê-las parecem até tolas, mas considerando que todo o percurso tem um início, elas ficarão lá justamente para lembrar a evolução do processo de construção desse blog.
Vou citar uma postagem em especial, que poderia ter contido mais detalhes:
Nesse link encontramos o retrato do educador suíço Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), com a seguinte frase, atribuída a ele: “A vida educa. Mas a vida que educa não é uma questão de palavras, e sim de ação. É atividade”.
É inegável a contribuição de Pestalozzi para a visão da pedagogia moderna, o teórico lançou um novo olhar para o período infantil, em uma época em que as crianças eram vistas como mini adultos, acreditava que as fazes da infância deveriam ser respeitadas e colocava o afeto como o principal recurso a educação. Acreditava que a educação era uma arte que de deveria ser cultivada em todos os aspectos, costumava dizer que cada criança carregava em si o projeto de uma árvore toda, que deveria ser regada todos os dias, comparava, desse modo, o professor a um jardineiro. Ele também vivenciou a sua teoria na prática, montou escolas, abrigou órfãos, crianças carentes e entendia que o processo educativo deveria enfatizar a ação, muito mais do que as palavras, pois as crianças deveriam ter contato e explorar o objeto de aprendizagem, desenvolvendo habilidades e princípios morais.
Pestalozzi foi um religioso que acreditava que o ser humano era bom em essência, a sua arma educativa era o amor.
Em tempos de tamanha intolerância movida por valores "religiosos", é bom falar de um renomado que entendia e pregava a única moral cabível a religião, a filantropia.


terça-feira, 9 de outubro de 2018

Iniciando o estágio obrigatório

Resultado de imagem para frases paulo freireNessa semana iniciei o meu estágio curricular obrigatório, apesar de já conhecer a escola, a situação é singular e se apresenta como uma missão que deve ser plenamente executada. Não há como negar a ansiedade que antecede o novo, mesmo sabendo que os desafios enriquecem a nossa prática. 
A minha proposta para essa jornada é dirigir o meu planejamento sob a ótica da arte e do movimento, com o tema: Vamos fazer arte? A escolha do tema deu-se porque, além de despertar o interesse da turma, a educação infantil exige o desenvolvimento de um trabalho por intermédio do lúdico e a arte explora e expande essa ideia. É possível encontrar a arte em cada detalhe do nosso dia a dia, se trata da manifestação da nossa cultura e história, podemos dizer que está em toda a parte, o que permite o desenvolvimento de um projeto interdisciplinar. 
Por intermédio da arte é possível aprender brincando e o movimento é uma das suas expressões mais significativas. A arte e o movimento estão interligados, favorecem estímulos que possibilitam a expressão das crianças sobre si e sobre o mundo ao seu redor.
Desse modo é possível contribuir com a construção do raciocínio crítico, com a percepção da diversidade e atuar de forma inclusiva, estimulando o respeito as diferenças.
Sendo assim, ao refletir sobre essa proposta, sobre o contexto educacional de modo geral e sobre o atual cenário que se estabeleceu em nosso país, conservadorismo + degradação de valores humanitários x democracia, percebo o quanto a filosofia freiriana se faz necessária na construção de uma sociedade mais justa e racional.
Pois, cada vez mais compreendo que não é possível formar "cidadãos de bem", sem uma educação que priorize o reconhecimento e aceitação da diversidade, sem a liberdade de informação e expressão e a filantropia. Chega de achar que a imparcialidade é conveniente, a escola também é responsável pela formação ideológica tanto do oprimido, quanto do opressor.