domingo, 1 de maio de 2016

"Literatura para todos"

              Em nosso primeiro encontro da aula de Literatura Infanto Juvenil, com a professora Ivany Souza Ávila, tivemos a oportunidade de “viajar” com incríveis obras como a indianista “I-Juca-Pirama” de Gonçalves Dias, “Navio Negreiro” de Castro Alves, “Grande Sertão Veredas” de Guimarães Rosa e ainda com a música “Construção” de Chico Buarque de Hollanda. É incrível como a literatura tem o poder de tocar a nossa alma, de nos encantar e emocionar. O mais incrível ainda é a riqueza da literatura brasileira, do belíssimo acervo que possuímos e que é capaz de atingir diversos mundos.
              Literatura em meu ponto de vista é encantamento, e cada vez mais sinto que precisamos resgatar esse nosso precioso tesouro escondido, muitas vezes. Estamos carentes de novos e dos incríveis poetas do passado, pois a cada dia vemos fazer tão pouco caso da nossa cultura nos meios midiáticos, por exemplo, vivemos em uma geração de superficialidade, de ostentação, onde o sentimento já não importa muito. Não posso deixar de citar o “funk”, como exemplo, no qual possui grande espaço na mídia brasileira e é a sensação entre os jovens no momento. Nenhuma oposição a quem gosta e quem faz esse estilo “musical”, porém nossos jovens precisam de outras possibilidades também, precisam aprender a refletir, a questionar, a sentir e a sonhar.
              Precisamos e muito da literatura, a fim de despertar em nós também o patriotismo, resgatar as nossas múltiplas culturas que são a essência da nossa terra, o pluralismo de idéias, para não resvalarmos no buraco negro da ignorância e correr o risco de perdermos a nossa identidade.





(...)Ana pensou então em matar-se.  Chegou a pegar o punhal que o índio lhe dera, mas compreendeu logo que não teria coragem de meter aquela lâmina no peito e muito menos na barriga, onde estava a criança.

Imaginou a faca trespassando o corpo do filho e teve um estremecimento, levou ambas as mãos espalmadas ao ventre, como para o proteger. 
Sentiu de súbito uma inesperada, esquisita alegria ao pensar que dentro de suas entranhas havia um ser vivo, e que esse ser era seu filho e filho de Pedro, e que esse pequeno ente havia de um dia crescer(...)
                                                                              Ana Terra (fragmento) Érico Veríssimo


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