Em nosso
primeiro encontro da aula de Literatura Infanto Juvenil, com a professora Ivany Souza Ávila, tivemos
a oportunidade de “viajar” com incríveis obras como a indianista “I-Juca-Pirama”
de Gonçalves Dias, “Navio Negreiro” de Castro Alves, “Grande Sertão Veredas” de
Guimarães Rosa e ainda com a música “Construção” de Chico Buarque de Hollanda. É
incrível como a literatura tem o poder de tocar a nossa alma, de nos encantar e
emocionar. O mais incrível ainda é a riqueza da literatura brasileira, do
belíssimo acervo que possuímos e que é capaz de atingir diversos mundos.
Literatura em
meu ponto de vista é encantamento, e cada vez mais sinto que precisamos
resgatar esse nosso precioso tesouro escondido, muitas vezes. Estamos carentes de novos e dos
incríveis poetas do passado, pois a cada dia vemos fazer tão pouco caso da
nossa cultura nos meios midiáticos, por exemplo, vivemos em uma geração de
superficialidade, de ostentação, onde o sentimento já não importa muito. Não
posso deixar de citar o “funk”, como exemplo, no qual possui grande espaço na
mídia brasileira e é a sensação entre os jovens no momento. Nenhuma oposição a quem
gosta e quem faz esse estilo “musical”, porém nossos jovens precisam de outras
possibilidades também, precisam aprender a refletir, a questionar, a sentir e a
sonhar.
Precisamos e
muito da literatura, a fim de despertar em nós também o patriotismo, resgatar
as nossas múltiplas culturas que são a essência da nossa terra, o pluralismo de
idéias, para não resvalarmos no buraco negro da ignorância e correr o risco de perdermos a nossa
identidade.
(...)Ana pensou então em matar-se. Chegou a pegar o punhal que o índio
lhe dera, mas compreendeu logo que não teria coragem de meter aquela lâmina no
peito e muito menos na barriga, onde estava a criança.
Imaginou a faca
trespassando o corpo do filho e teve um estremecimento, levou ambas as mãos
espalmadas ao ventre, como para o proteger.
Sentiu de súbito uma inesperada, esquisita alegria ao pensar que dentro
de suas entranhas havia um ser vivo, e que esse ser era seu filho e filho de
Pedro, e que esse pequeno ente havia de um dia crescer(...)
Ana Terra (fragmento) Érico Veríssimo
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