quinta-feira, 26 de maio de 2016
Na minha escola todo mundo é igual
Compartilho esse vídeo, pois o achei bem pertinente para interligar as interdisciplinas, vem de encontro ao tema diversidade, inclusão e preconceito. É uma visão bonita e romantizada da escola, que infelizmente ainda está longe de ser a realidade, mas é legal nos nutrirmos desse sonho e não nos cansarmos de bater nessa tecla. A essência de todos nós é a mesma!
segunda-feira, 23 de maio de 2016
Grande voz feminina da literatura brasileira
Na literatura assim como na música, muitos nomes vem e vão, mas ha alguns que são imortais, o legado de suas obras transcende o tempo. Cecília Meirelles certamente é um desses nomes.
Considerada uma das vozes líricas mais importantes da língua portuguesa, em 1934 fundou a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, também com mais de 50 obras publicadas foi a primeira voz feminina de grande expressão na literatura brasileira.
A musicalidade de seus versos é a marca do lirismo de Cecília.
Os poetas do passado continuam a nos servir de inspiração e suas obras a serem excelentes aguçadoras de novas aprendizagens.
Referências:
www.jornaldepoesia.jor.br/ceciliameireles.html
domingo, 15 de maio de 2016
Inclusão na sala de aula: uma solução ou um problema a mais para a educação?
Foi com esse questionamento que abrimos a
nossa aula do Seminário Integrador III do dia 09/05. Essa questão gera muitas
dúvidas, mas de um modo geral em nosso grupo de discussão, na visão de quem
vivencia esta situação no cotidiano, chegou-se ao consenso da indiscutível
necessidade da educação inclusiva a fim de eliminar o preconceito e
proporcionar a todas as crianças as mesmas oportunidades. Entretanto nos moldes
precários do ensino público que ainda nos encontramos, torna-se um problema
sim. Acreditamos que a educação inclusiva ainda esta em processo, lento
infelizmente, e que precisa caminhar para melhorias.
Aproveitando
o ensejo, acrescento um trecho de uma carta da comunidade surda, enviada ao
Ministro da educação em exercício em 2012, extraído do artigo “Em defesa da
escola bilíngüe para surdos: a história de lutas do movimento surdo
brasileiro”:
“A política de educação
inclusiva permitiu um crescimento espetacular, de forma que os estudantes com
deficiência convivem com os outros alunos e os outros alunos convivem com eles”
nos angustia, pois queremos conviver com os demais cidadãos brasileiros, sim,
mas queremos, acima de tudo, que a escola nos ensine (...)”
A
questão da inclusão faz parte da nossa realidade de professor e particularmente
também a entendo como importante e necessária, pois toda a criança seja ela
surda, cega, portadora de deficiência ou dita “normal”, precisa se cercar de
possibilidades e se sentir incluída na grande sociedade. Entretanto, a
realidade que vemos hoje nas escolas é amarga e excludente, ainda está longe de
ser o ideal. Vemos salas de aulas lotadas, escolas precárias, professores
desanimados e angustiados sem apoio e o que é pior: o ensino precário também.
Sem estrutura e políticas de apoio, o professor ‘sozinho’ não consegue dar
conta de assistir a todos os seus alunos com a mesma qualidade, e penso que
toda a criança precisa ter garantido o seu direito de receber um ensino de qualificado,
ser tratada com a mesma dignidade e ter ampliadas as suas possibilidades de
escolha também. E em de acordo com a comunidade surda, penso ser também
importante e necessárias escolas focadas no desenvolvimento de crianças com
outros modos de aprender, não podemos permitir que escolas sejam fechadas e sim
batalhar para que cada vez mais novas escolas surjam, para que sejam
valorizados os diferentes modos de aprendizagem, para que todas as realidades
sejam compreendidas e em síntese, que o saber alcance a todos.
Referência: CAMPELLO, A. R.;
REZENDE, P. L. F. Em
defesa da escola bilíngue para surdos: a história de lutas
do movimento surdo brasileiro. Curitiba: Educar em Revista, n. 2/2014, p. 71-92,
Editora UFPR.
domingo, 1 de maio de 2016
"Literatura para todos"
Em nosso
primeiro encontro da aula de Literatura Infanto Juvenil, com a professora Ivany Souza Ávila, tivemos
a oportunidade de “viajar” com incríveis obras como a indianista “I-Juca-Pirama”
de Gonçalves Dias, “Navio Negreiro” de Castro Alves, “Grande Sertão Veredas” de
Guimarães Rosa e ainda com a música “Construção” de Chico Buarque de Hollanda. É
incrível como a literatura tem o poder de tocar a nossa alma, de nos encantar e
emocionar. O mais incrível ainda é a riqueza da literatura brasileira, do
belíssimo acervo que possuímos e que é capaz de atingir diversos mundos.
Literatura em
meu ponto de vista é encantamento, e cada vez mais sinto que precisamos
resgatar esse nosso precioso tesouro escondido, muitas vezes. Estamos carentes de novos e dos
incríveis poetas do passado, pois a cada dia vemos fazer tão pouco caso da
nossa cultura nos meios midiáticos, por exemplo, vivemos em uma geração de
superficialidade, de ostentação, onde o sentimento já não importa muito. Não
posso deixar de citar o “funk”, como exemplo, no qual possui grande espaço na
mídia brasileira e é a sensação entre os jovens no momento. Nenhuma oposição a quem
gosta e quem faz esse estilo “musical”, porém nossos jovens precisam de outras
possibilidades também, precisam aprender a refletir, a questionar, a sentir e a
sonhar.
Precisamos e
muito da literatura, a fim de despertar em nós também o patriotismo, resgatar
as nossas múltiplas culturas que são a essência da nossa terra, o pluralismo de
idéias, para não resvalarmos no buraco negro da ignorância e correr o risco de perdermos a nossa
identidade.
(...)Ana pensou então em matar-se. Chegou a pegar o punhal que o índio
lhe dera, mas compreendeu logo que não teria coragem de meter aquela lâmina no
peito e muito menos na barriga, onde estava a criança.
Imaginou a faca
trespassando o corpo do filho e teve um estremecimento, levou ambas as mãos
espalmadas ao ventre, como para o proteger.
Sentiu de súbito uma inesperada, esquisita alegria ao pensar que dentro
de suas entranhas havia um ser vivo, e que esse ser era seu filho e filho de
Pedro, e que esse pequeno ente havia de um dia crescer(...)
Ana Terra (fragmento) Érico Veríssimo
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