Este interessante curta metragem mostra a brilhante ideia de uma mãe, que incentiva e ensina o valor da superação para seu filho. Se pensarmos que todos os seres vivos têm limitações, talvez a grande virtude da humanidade sempre foi tentar superá-las. Superando inclusive os sonhos de Ícaro, alcançando o espaço. Qual seria o limite humano?
Além de ser uma pequena amostra de que a maior deficiência pode estar no modo como julgamos os fatos, e que a maior limitação vem da que colocamos em nós mesmos.
Esse emocionante documentário disponibilizado pela interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, fala de força, de união, de coragem, de luta, de conquistas, de perseverança e principalmente de História, a daqueles que durante muito tempo foram invisíveis e considerados incapazes. O Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil merece destaque e reconhecimento sobretudo por ser inspirador!
Anteriormente, nós do PEAD, tivemos a oportunidade, através da interdisciplina de Libras, de conhecer um pouco da historicidade e pleito da comunidade surda no Brasil, cujo vimos que uma de suas maiores conquistas foi o reconhecimento da língua de sinais, em 2002, como língua oficial assim como o Português. No entanto, particularmente, nunca tinha ido a fundo ao conhecimento da história e não fazia idéia da dimensão da luta imbuída de autonomia desse movimento. O vídeo acima chama a atenção por sua expressividade, por da voz a essas pessoas de maneira a aproximá-las do expectador, onde em nenhum momento somos tomados pelo sentimento de pena ao contrário é comovente por despertar a admiração. Especialmente porque em suas palavras não almejavam a caridade e sim a assentida emancipação, assegurar a acessibilidade, o rompimento das barreiras que os delimitavam, a inclusão, ou seja, a cidadania legítima.
Vimos que foram muitas as lutas, derrocada de crenças e pesquisas até chegarmos ao que temos hoje, que assim como é mencionado no vídeo, em âmbito nacional, “ainda não está bom!”, mas se refletirmos todo o contexto histórico em termos de humanidade, já obtivemos grandes avanços tanto na área da educação e da medicina, quanto no próprio modo como são olhadas e compreendidas as pessoas com deficiência pela sociedade em geral, porém faz-se necessária uma contínua busca por condições igualitárias no modo de ser reconhecido e de viver.
Visto que vivemos um momento ambíguo onde ao mesmo tempo em que lutamos por igualdade queremos asseguradas as nossas diferenças, nesse aspecto queremos ser respeitados por nossa individualidade, característica própria e cultura o que não pode assim como aconteceu com o movimento Escolanovista, no Brasil, deixar margem para a segregação. A nossa principal característica é sermos diferentes, únicos, entretanto sabemos que o meio mais eficaz de amenizarmos as desigualdades que assolam a humanidade é justamente a luta pela igualdade.
Indico para complementação de estudos das interdisciplinas nesse semestre, o filme "Avaeté, Semente da Vingança", no qual considero como um dos melhores filmes nacionais, dirigido por Zelito Viana, onde apesar de contar com a excelente atuação de atores renomados como Hugo Carvana e Renata Sorrah, não se encontra divulgação na grande mídia nacional.
Lançado em 1985 esse filme, infelizmente, retrata um tema ainda atual aqui no Brasil: o massacre de povos indígenas para a ocupação ilegal de suas terras por garimpeiros.
O episódio mais recente ocorreu a um mês e é possível encontrar aspectos muito semelhantes ao filme, com destaque para a atuação ou omissão da grande mídia corporativa nacional com esse tipo de assunto, onde mais uma vez as denuncias vieram dos meios de comunicação internacionais. Com o diferencial de que hoje temos as redes sociais, onde é possível encontrar sites que prezam a responsabilidade social como o Carta Capital e a Rede TVT, que divulgaram amplamente o caso em suas redes. Até onde se sabe esse massacre, ocorrido no Vale do Javari, seria maior que os yanomami de 1993, no qual também teve denuncia por meio das mídias internacionais.
Tristemente o nosso país fecha os olhos para os excluídos e muitos casos bárbaros, como esse, ainda seguem impunes.